ISBN: 978-85-85653-89-7
Hilda Regina Ferreira Dalla Déa (org.)
136 páginas | 16x23cm
R$39,00
O álcool foi descoberto muito cedo na história da humanidade e está presente em praticamente todas as culturas humanas conhecidas. Entretanto, nos últimos anos o consumo de bebidas alcoólicas vem crescendo muito, em especial nos países em desenvolvimento. Hoje, no Brasil, como em muitos outros países, o abuso de álcool por adolescentes e adultos jovens configura-se como um grave problema social e de saúde pública.
Por que o jovem bebe? A busca pela bebida simboliza a busca pela liberdade, a descontração, o prazer, a sensação de pertencer a um grupo. E bebendo excessivamente o jovem pode se colocar – e aos outros – em inúmeras situações de risco, quando, por exemplo, dirige embriagado, faz sexo sem proteção ou envolve-se em brigas.
Em 2000, os problemas de saúde relacionados ao consumo de álcool foram responsáveis por 1,8 milhão de mortes, ou seja, 3,2% de toda a mortalidade do planeta naquele ano. No Brasil, o consumo per capita de bebidas alcoólicas chega a ser maior do que o do leite, configurando-se como um dos grandes problemas de saúde pública do país.
Estamos apenas iniciando, e com atraso, a construção de uma política do álcool. Ainda há poucas regulamentações de caráter preventivo, direcionadas às vendas e ao consumo de bebidas alcoólicas. A fiscalização é precária e a punição raramente é aplicada.
Entretanto, a experiência internacional mostra que várias estratégias podem reduzir, de maneira significativa, os problemas relacionados ao consumo de álcool, como o aumento de preços e impostos, a regulação da disponibilidade de bebidas alcoólicas e as estratégias direcionadas ao beber e dirigir.
Em seu papel de formação de cidadãos conscientes de seus direitos e responsabilidades, a escola pode e deve contribuir para a promoção da saúde, modificando a ideia reinante, principalmente entre os jovens, de que é necessário beber – muitas vezes excessivamente – para ser aceito no grupo e se divertir.
Mas a educação preventiva só trará resultados consistentes se estiver inserida numa política pública intersetorial, que dê conta de controlar de forma responsável e eficiente a comercialização e a publicidade de bebidas alcoólicas.
